quinta-feira, 15 de setembro de 2016

                               
                               PAÍS SANGUINÁRIO

                                                               Rachel Winter

Entre os campeonatos já conquistados pelo Brasil, como o de melhor carnaval do mundo e o de campeão do mundo no futebol, agora, conquistou um título que o mantém permanentemente no pódio: o de campeão mundial de homicídios, 59,5 mil, em 2015. Certamente, é também o país onde existe o maior número de menores criminosos – os chamados “di menor”. Os maiores de idade não deixam por menos, são autores das mais diversas espécies de crimes; além de assassinatos, estupros, arrastões, torturas, assaltos a residências, a caminhoneiros, a Bancos, inclusive com explosão de caixas eletrônicos, a estabelecimentos comerciais, latrocínios - roubos seguidos de morte - mesmo quando a vítima não reage e entrega-lhes os seus bens.
Os maiores de idade concorrem com os menores na prática da  violência contra as mulheres e, também, no número de assassinatos e roubos. Na maioria das vezes são os próprios maridos, ex-maridos ou companheiros, os autores desses homicídios, apesar da Lei Maria da Penha de proteção à mulher.
Certamente, os maiores de idade não perdem para os “di menor”, nesse jogo mortal, haja vista, a permanente lotação dos presídios brasileiros; locais onde rebeliões são frequentes com atrocidades como degola de companheiros e outras barbaridades. São maus exemplos para a juventude e, até mesmo, muitos são os próprios aliciadores desses jovens para o tráfico de drogas e cumplicidade nos delitos.
As estatísticas comprovam. Segundo dados do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2015, aconteceram 59,5 mil assassinatos no país. E, sabemos que esses números não englobam a totalidade dos fatos, pois, muitos nem são computados. Além disso, os crimes de omissão das autoridades não aparecem aí, nem os de corrupção de políticos ou empresários. É sangue escorrendo de alto abaixo da Pirâmide Social. Não adianta querer amenizar os fatos. O político que rouba o dinheiro do povo é tão criminoso quanto os que já estão trancafiados nas prisões, pois, está matando milhares de pessoas ao surrupiar o dinheiro destinado à saúde pública, além de contribuir para o aumento do analfabetismo de crianças e jovens, além de deixar o povo à mercê dos bandidos, ao apossar-se do dinheiro destinado à segurança pública. Assunto esse que, de tão batido, tornou-se uma espécie refrão popular. Qualquer brasileiro, por mais simples e inculto que seja, conhece esses problemas sociais do país; menos grande parte dos políticos.
Acidentes como o acontecido em Mariana, Minas Gerais, onde a cidade de Bento Rodrigues foi completamente destruída pela lama que escorreu devido à queda de barragens de mineradoras, na qual 19 pessoas morreram e outras continuam desaparecidas, não entram nessas estatísticas. Nesse acidente famílias perderam suas casas e todos os seus bens. Será que esse fato aparecerá nas estatísticas como crime de omissão e crime ambiental ou simplesmente como acidente?
Existe, também, a chamada Máfia da Merenda Escolar. Administradores roubando o dinheiro destinado a essa finalidade, sem se preocupar com a baixa qualidade nutricional dos alimentos para jovens e crianças de famílias de baixa renda.
Mas, nem tudo está perdido, um vento de esperança está varrendo o país, com a instalação da investigação pela Polícia Federal, da Lava Jato, comandada pelo juiz Sérgio Moro. Dezenas de políticos, empresários e administradores já estão condenados e presos e outros tantos aguardando julgamento. Realmente, um movimento de moralização do país.
Mas, acima de tudo devemos crer no poder de Deus para abençoar a nação e torná-la um exemplo de moralidade e justiça social. As igrejas cristãs, históricas, pentecostais e neopentecostais fazem o abençoado trabalho de clamar pela vinda do  Reino de Deus ao Brasil, proclamando a Palavra sobre a qual Jesus Cristo disse que “é espírito e vida” e levando multidões a obedecer os mandamentos de Deus, entre os quais está bem claro: “não matarás” e “não furtarás”.



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