quarta-feira, 17 de agosto de 2016

                                                                           

                              T E M P O  D I F Í C E I S                                           
                                                                                                                                                                                              Rachel Winter

 A carga de obrigações do dia-a-dia, especialmente das mulheres que têm família para cuidar, é bem pesada, todas sabemos. Trabalhar fora, então, apesar da melhora quanto à parte financeira, faz duplicar as preocupações referentes à segurança dos filhos e da casa. São tempos difíceis. Ninguém está seguro em lugar algum. Crimes monstruosos são cometidos por pessoas de qualquer nível social. Ricos, cultos e endinheirados podem transformar-se, de uma hora para outra, em criminosos da mais alta periculosidade, nada ficando a dever aos bárbaros da antiguidade. O curioso de tudo isso é que esse barbarismo recrudesce na chamada sociedade civilizada, às portas do terceiro milênio. A mídia registra diariamente as várias facetas desse enigma. Visto sob o prisma espiritual, parece conter características que a Bíblia registra como as do fim dos tempos. Na Carta a Timóteo, capítulo 3:3, Paulo descreve como seriam os “agentes do mal”, dessa era: “...desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem...”
                                    “Meu fardo é leve”
Os cuidados com a família atualmente complicaram-se muito. As mulheres necessitam extrapolar suas obrigações normais – que já não são fáceis – como donas de casa, mães e, no trabalho, como profissionais. Têm que ser também agentes de segurança. Passam os dias preocupadas com a segurança dos filhos, da casa, do marido e com a sua própria. Não é por aí que a solução virá.
Observemos como Jesus Cristo tratava o problema humano da insegurança e da preocupação: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” A solução é trocar as preocupações que o cotidiano traz pela permanente lembrança da proteção oferecida pelo Mestre. Ele nos incitou com insistência a não nos  deixar oprimir pelos problemas do dia-a-dia: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mateus 6:34). Não devemos, portanto, morrer antes do tempo, porque preocupação e ansiedade trazem doenças e apressam a morte. É comovente o seu anseio de nos ver gozar de paz e tranquilidade e fugir do desespero causado por sentimentos negativos: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?” (Idem: 6:27).
                                  A era da insanidade
O perigo não provém só da violência explícita. Há como que um complô para divulgá-la e uma incitação ao seu exercício. Uma tentativa de desagregar todo e qualquer comportamento que denote equilíbrio. É o predomínio da insanidade. Filmes, telenovelas, até programas humorísticos e desenhos animados parecem delírios de mentes perturbadas.
A luta por manter a saúde mental e moral da família torna-se cada dia mais árdua. Grande número de mulheres é tomada pelo pânico diante dos perigos circundantes. Outras tantas mergulham em perigoso estado depressivo, pela complexidade dos problemas que enfrentam – ou melhor, que não enfrentam. Essas, ou deixaram de ouvir ou não conhecem as palavras do Evangelho, que significam “boas notícias”. E que falam de um mundo de paz e prosperidade.  Palavras cuja força deu origem ao universo e que têm poder para destruir todo o mal. Palavras que são espírito e vida, como disse o Senhor Jesus.