domingo, 15 de novembro de 2015

                         AMEAÇA DO FEMINISMO EXTREMISTA
O que se vê são mulheres movidas por um clamor ancestral - (tomando as dores, passadas, de suas mães e avós) que exige vingança contra o homem - saírem de modo desenfreado em busca de uma liberdade que se configura mais a uma represália. Nessa corrida, passam a cometer os mesmos erros que os homens cometeram no passado contra a família; equívocos que podem ser sintetizados como irresponsabilidade, leviandade (ou li­bertinagem), omissão, escárnio, desprezo e abandono.
Por essa via, qualquer movimento do feminismo extremista, que se apóie apenas na iniciativa humana, desvinculado da palavra de Deus caracteriza-se por ser faccioso. Fatalmente, incita à violência, à separação e à desunião entre os sexos – constituindo-se numa ameaça à liberdade conquistada. Na “selva de pedra”, a serpente aparece mimetizada em forma de uma insana liberdade ilimitada que leva à cegueira moral. Desde o momento em que as mulheres deixam de enxergar que a nossa liberdade termina onde começa a do próximo, a queda é iminente.
Apesar de todo o apoio que associações das mais diversas espécies conferem às mulheres, a fim de ajudá-las na defesa de seus direitos, e das prerrogativas que a lei civil e os costumes lhes concedem, a maioria delas encon­tra-se absurdamente desorientada e até mesmo indefesa. Assemelham-se ao pássaro que, ao deixar a gaiola, atur­dido, cai na mão de predadores. Hesitantes entre o bem e o mal, a maioria não consegue discernir exatamente os limites morais. Isso fica patente ao observar o caos social que se avizinha, indicando nitidamente que não existe uma noção do que significa ser livre, e de que tomar as rédeas da própria vida significa arcar com as consequên­cias dos próprios atos, caso contrário, mergulha-se num universo caótico.
Não é possível atropelar os ditames da consciên­cia ética e moral, esquecendo os mandamentos cristãos de amor a Deus, acima de tudo, e ao próximo como a si mesmo. Amor que se expressa através da consideração para com todas as pessoas e cuidados para com os da própria família – até mesmo para com o marido...
Livre-nos Deus dos movimentos gerados por ideias extremistas, sejam provenientes do Oriente, como as de ca­racterística patriarcal que escravizam as mulheres, sejam as do feminismo exacerbado e mal-interpretado causador da desestruturação social. Aliás, já disseram alhures: A virtude está no meio quando os extremos são perniciosos.
No caso do feminismo extremista, a mulher saiu de sob o domínio de um sistema despótico em direção a uma terra sem lei. Isso não estava no programa. As nor­mas de caráter humanitário, obviamente, não foram abo­lidas. Invalidadas foram apenas as leis de cunho patriarcal contrárias às mulheres. O respeito à vida não foi anulado, a não ser pelos ímpios. Há casos de mães matando filhos recém-nascidos como quem mata baratas. Simplesmente, jogam os bebês no lixo, em vaso sanitário de avião e em shoppings, demonstração de perversidade inominável e desorientação não apenas nas classes menos favorecidas. São verdadeiras manchas no cenário de respeito e prote­ção à infância em que se insere o país e o mundo ociden­tal, e motivo de tristeza para a comunidade cristã.
Observa-se, mesmo entre as mulheres que possuem bom nível cultural e intelectual que, no plano espiritual, elas não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, tal qual os ninivitas do tempo de Jonas. (Jonas 4.11). Por conseguinte, são incapazes de entender o que significa amar o semelhante como a si mesmas, visto que só entendem a linguagem dos sentidos. Elas movem-se no universo sexual e da competição, tanto no trabalho como na vida pessoal, a qual se desenvolve à semelhança de uma maratona. O que importa é ir em frente, na busca desenfreada de prazeres e de um sucesso duvidoso, atropelando todos os que estão no caminho – quer sejam pais, filhos, marido, irmãs ou amigas.
Imagino Jesus, diante desse espetáculo, sentindo grande compaixão da multidão desnorteada, como no passado, porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm pastor. (Mateus 9.36). A liberdade, para grande número de mulheres adeptas do feminis­mo exacerbado, mais se parece a um objeto perigoso em mãos inábeis, como um carro nas mãos de um cego.
Refiro-me, especialmente, à liberdade usada para prática do sexo promíscuo, tão comum nos dias de hoje, com a consequente perda de valores familiares, sem os quais a sociedade perece. São casamentos abertos, onde cada um dos cônjuges pode ter aventuras extraconjugais sem maiores responsabilidades. Adolescentes que “fi­cam” com namorados sem compromisso algum, man­tendo relacionamentos sexuais inconsequentes. Com isso, o número de mães solteiras cresce - muitas grávidas nem sequer sabem quem é o pai do filho que esperam - e o número de crianças abandonadas aumenta a cada dia; assim como o de doenças sexualmente transmissíveis.
Há também casos de mães que não fazem jus ao nome – símbolo de amor e ternura – e costumam subme­ter os filhos a torturas psicológicas e físicas de maneira sistemática a ponto de lhes desestruturar a personalida­de em formação. Realidade inacreditável, diante da qual queremos acordar pensando tratar-se de um pesadelo.
Donas de casa, dominadas pelas hostes espirituais da maldade (Efésios 6.12) como fantoches, teleguiadas por essa casta de demônios, são levadas a proceder como verdadeiras carcereiras dentro do lar. Quando se casam, em vez de promessas de amor, prometem a si mesmas agir de maneira cruel para com o cônjuge. Ameaçado­ras, exclamam: “Para mim tudo, para ele nada!” Conceito muito em voga entre as jovens do mundo de hoje. Pala­vras que são fruto de um feminismo rancoroso e quixo­tesco, uma vez que gozam, atualmente, de plena liberdade de ir e vir e de decidir sobre seus próprios atos e destinos. Atitudes que refletem o mau uso da liberdade e uma demonstração de irracionalidade.
O sociólogo alemão, Alexander Schüller, ao obser­var os índices alarmantes de violência contabilizados na sociedade, exclama: “Há, em toda parte, uma maldade inexplicável.” A observação do sociólogo vem simples­mente enfatizar o que salta aos olhos de todos, diaria­mente, por meio dos noticiários da mídia e pela experi­ência pessoal de cada um de nós. Contudo, essa maldade a que se refere Schüller, presente em todos os setores da sociedade – é bom que se destaque – tem mulheres e, também, homens como seus agentes disseminadores. Assim como existem feministas exacerbadas, há machis­tas tão irracionais quanto elas.
Outra observação importante, uma verdadeira questão de justiça nos lembra que, se há uma parcela da população feminina fazendo mau uso da liberdade, de­vido ao seu novo status social, existe a grande maioria das mulheres que está obtendo grandes vitórias ao par­ticipar ativamente da vida social e política das nações. Essa legião de mulheres vitoriosas está conseguindo desempenhar-se galhardamente de seus compromissos profissionais, ao mesmo tempo em que se desvela na ad­ministração do lar e na criação dos filhos.
Quanto à missão da mulher cristã, na sociedade, reconhecemos que lhe compete desempenhar relevante papel na cura da enfermidade social ao fazer uso da li­berdade adquirida em Cristo. Certamente, para essa fi­nalidade foi que Jesus a libertou da situação de subservi­ência em que vivia no contexto social e, obviamente, não para colaborar com o caos social. (CONTINUA).


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Trecho extraído do livro Mensageiras da Ressurreição

           PRINCÍPIO DE DIREITO VERSUS MORAL CRISTÃ
O princípio da submissão das mulheres aos mari­dos, conforme entendem alguns estudiosos, não se trata de um preceito da mo­ral cristã, mas, de um princípio de direito, comum nas sociedades judaica e greco-romana. Paulo respeitava-o, não afrontando as suas leis, quer as regulamentadas pelo direito, em seus termos legais, quer as ditadas pelos cos­tumes. Atitude, aliás, recomendada explicitamente, tam­bém, pelo apóstolo Pedro a todos os cristãos para não cor­rerem o risco de passar por malfeitores. (1 Pedro 2. 12-17). Pela observância às leis vigentes, dariam bom exemplo de vida a fim de que o Evangelho não fosse difamado.
O importante, então, nos textos de Efésios, bem como em Colossenses, que tratam do referido assunto, não é a submissão comumente tida como aviltante, que coloca a esposa em situação de inferioridade, mas, sim, segundo observam alguns teólogos a referência a seguir na frase bíblica: Como convém no Senhor (Colossenses 3.18). O Senhor no comando de todos os aspectos do relacio­namento conjugal; domínio não mais do direito, mas, aí sim, da ética cristã. Trata-se de mandamento divino; fala-se, então, do amor cristão, daquele amor marcado pelo dom de si mesmo – do amor ágape, semelhante ao amor de Cristo, em que a pessoa é capaz de doar sua vida para salvar outra.
Não seria correto confundir um princípio consue­tudinário e do direito, com um princípio fundamental da moral cristã, a fim de manter uma filha de Deus sujeita ao arbítrio de qualquer cidadão de maus bofes. Quando Paulo fala, não trata de uma questão de hierarquização grosseira, tal como o marido manda e a mulher obede­ce. Atitude bem conforme ao gosto da mentalidade ma­chista e da interpretação que os cronistas mundanos dão às palavras de Paulo registradas nos Evangelhos. A ju­risprudência e os costumes das sociedades de antanho ratificavam a discriminação contra a mulher. Hoje, in­corre em erro, hoje, quem leva essas palavras ao pé da letra – reconhecendo o seu emprego em qualquer tipo de casamento. O Senhor não endossa a escravização da mu­lher pelo marido. Cristianismo é sinônimo de liberda­de. A mulher deve submeter-se à autoridade do marido verdadeiramente cristão, porque dentro da moral cristã a relação marido-mulher toma outra forma, por ser es­truturada no amor. Certamente, um sentimento diverso e mais grandioso do que aquele puramente romântico e carnal.
Trata-se, portanto, de outro texto bíblico, o da sub­missão da esposa, interpretado de maneira falaz, para apoiar a tirania contra a mulher, a subserviência e o ser­vilismo dentro de casa e na sociedade. Muitos maridos, os mais simples e desavisados chegam a encarar a esposa como uma serviçal, no sentido literal da palavra. Res­ponsabilidade, injustamente, atribuída, ao apóstolo Pau­lo quanto às consequências nefastas que tal interpretação tem trazido ao fraudar os direitos das mulheres cristãs.
Todavia, responsáveis por esses enganos são as interpretações literais das cartas paulinas, que só bene­ficiam os próprios homens. Para eles é conveniente es­corar-se sob a proteção da mentalidade patriarcal para auferir vantagens e comodidades que esse modo de pen­sar lhes faculta. Nunca é demais lembrar que patriarcado tem sido sinônimo de despotismo contra as mulheres.
No momento em que Cristo enviou as mulheres para dar a notícia de Sua ressurreição, não consta que Ele as tenha mandado primeiro pedir autorização aos seus maridos, pais ou responsáveis, para cumprirem a missão. Independência e autonomia feminina ficaram claramen­te demonstradas nessa ocasião. Fato que nos leva a con­cluir que até mesmo acatando a autoridade do marido, a autonomia espiritual da esposa cristã, deve ser colocada em primeiro lugar. Convém, observar, também, paz e li­berdade devem permear o relacionamento entre marido e mulher, no lar genuinamente cristão.
Em síntese, o amor cristão propõe a questão da se­guinte maneira: o respeito e o amor que a mulher deve ao marido são proporcionais aos que o marido deve à esposa. Será impossível a uma esposa que compreende a orientação bíblica - sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor - deixar de reverenciá-lo. A palavra submis­são, neste caso, toma um sentido de reconhecimento, res­peito e amor. Nada a ver, portanto, com o significado que adquiriu no nível mundano, que é de subalternidade: a mulher colocada em segundo plano, inferior ao homem.

A igualdade entre as pessoas está no cerne do cris­tianismo, porque Deus não faz acepção de pessoas. (Atos 10.34). (Continua).