sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A CALÚNIA

                                                                                            Rachel Winter

Pode haver coisa mais abominável do que prejudicar a vida de alguém por meio da maledicência? Pessoas já foram levadas ao suicídio (evidentemente, não eram cristãs), por causa de danos morais causados por calúnia. E, na vida de um casal, as consequências da difamação podem ser catastróficas. Por dar origem ao ciúme, poderá implodir o casamento, pois vai minando o relacionamento, se os cônjuges não souberem se socorrer da providência divina. É uma pedra no caminho de qualquer pessoa. Aos cristãos atingidos pela calúnia, há o refúgio sob as asas do Onipotente. Ali estarão, certamente, protegidos de todas as suas nefastas consequencias.

Olha o preconceito... - Ao falar desse tema, a primeira coisa que vem à mente, reconheçamos, francamente, é a figura da mulher fofoqueira. Mas, que grande preconceito! Basta observar a baixaria na política, em época de eleições, para se concluir que esse defeito não é exclusivo da mulher. Em cada coração um pecado – não é aquele título de romance – mas descreve bem a realidade. As tramas de alguns políticos, inventando mentiras e caluniando seus opositores mostra como esse mal está bem disseminado entre eles. Em nada, porém, essa constatação vem favorecer as mulheres que são chegadas a uma fofoca. A justificativa de que todo mundo faz isso, também, não serve de desculpa. Principalmente a uma mulher cristã. O bom é que esta se renove e tenha um modo de falar construtivo, voltado exclusivamente para o bem.

Despojar-se do mal – O apóstolo Paulo falando sobre o amor fraternal e a santidade, no capítulo 3, de Colossenses, diz: “Mas agora despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca.”

Quem se diz cristã e não se comporta dessa maneira, está se enganando e correndo perigo, pois não se enquadra na seguinte descrição:...”Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem (da velha mulher) com os seus feitos. E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o (a) criou.” [9-10]

Mas, e para os que semeiam o mal, o que acontece? - Como um bumerangue, o mal se volta para eles, e são atingidos em cheio pelas suas conseqüências, mais cedo ou mais tarde. E ai deles, se suas calúnias atingirem uma pessoa de Deus. As pessoas que realmente pertencem ao Pai, estão protegidas pela mesma promessa feita a Abraão: “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (Gênesis 12:3). Portanto, todo cuidado é pouco na hora de abrir a boca para comentar sobre a vida alheia.

No Novo Testamento, o apóstolo Tiago no capítulo 3, diz que a língua é um mal incontrolável, cheia de veneno mortal e pode contaminar a pessoa por inteiro. Compara-a com uma pequena fagulha que incendeia um bosque imenso e que pode pôr em chamas o curso de nossa existência, assim como acaba ela mesma incendiada pelo inferno. Diz, ainda, que quem não peca no falar é perfeito e capaz de dominar seu próprio corpo.

Meditar sobre o assunto e pedir ao SENHOR que nos ajude a controlar o nosso falar é a solução para essa perigosa fraqueza humana.

 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014


                                    A Soberba Humana e o Aborto


Fico pasma ao ouvir algumas mulheres afirmarem que são donas do próprio corpo. Tais palavras, geralmente, saem da boca de defensoras do direito de abortar gravidez indesejada. Estão muito seguras de poder fazer o que bem entendem. Não observam sequer se voltarão vivas de um procedimento "médico" dessa espécie, principalmente se for realizado em clínica clandestina. E, se voltar viva, quem dará conta da vida que foi ceifada em seu próprio ventre? Da criança que foi impedida de vir à luz?
Além disso, independente de uma situação desse tipo, ninguém sabe sequer quanto tempo vai viver. Todos ignoram qual será o dia em que o próprio corpo - do qual se diz dona - baixará à sepultura para se transformar em pó. Quem sabe o que acontecerá no dia de amanhã? Então, que espécie de poder é esse que, orgulhosamente, proclamam ter sobre o próprio corpo?
Note-se que até mesmo para saber o dia em que nascemos necessitamos da confirmação de outras pessoas, dos próprios pais ou de terceiros. Então, nem mesmo da nossa identidade podemos ter certeza. Certeza absoluta só por exame de DNA. Muita gente ignora que é filho de pais adotivos. Não quero dizer com isso que os pais não sejam confiáveis. Mas, há exceções, como sabemos.
O filósofo Baruch Spinoza classifica esse tipo de conhecimento, obtido pelo "ouvir dizer", como é o caso dos fatos relacionados ao próprio nascimento, entre os chamados Conhecimentos de Primeiro Grau. Em linguagem popular, é como ouvir o galo cantar sem saber aonde.
Verdade mesmo só se adquire pela Palavra de Deus e na Palavra de Deus. Eis que Jesus Cristo disse: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida." (João 14.6).
E mais: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." (João 8. 32).
 Ah! se todas soubessem o valor que uma vida tem pra Deus! Pois que somos criados à Sua imagem e semelhança, realmente, pensariam muito antes de tomar a decisão de interromper a gravidez, e abandonariam essa ideia de origem maligna.
ORGULHO E IGNORÂNCIA:
Realmente, dizer que é dona do próprio corpo, demonstra soberba descabida, orgulho tolo e ignorância a respeito do que realmente somos, ou melhor, do que é a natureza humana. Simplesmente pó, ao qual voltaremos após a jornada terrena, e desconhecer que o nosso sustento vital vem de Deus, do sopro divino. E que somente Deus sabe o tempo em que deverá retirá-lo. Não somos donos de nada, - nem dos bens materiais, porque tudo pertence a Deus e apenas os tomamos por empréstimo - muito menos da vida.
Demonstra, principalmente, incapacidade de reconhecer o poder soberano de Deus Criador de todas as coisas. Demonstra, também, falta de temor a Deus - que significa o não curvar-se diante da soberania divina, e não reconhecer a pequenez e insignificância humanas. Não somos donos de nada, repito. Nem sabemos de nada do que concerne à vida - porquanto é dom divino. Portanto, não temos o direito de tocar nela, como no caso do aborto, e impedir uma criança de vir ao mundo.
Segundo dados estatísticos, centenas de mulheres morrem todo ano no Brasil ao recorrerem a clínicas clandestinas ou a pessoas inabilitadas para realizarem aborto. Tragédia nacional, sem dúvida, mas nessas estatísticas são esquecidos os fetos mortos, ou seja, as centenas de crianças que deixaram de nascer, que foram abatidas como um animalzinho qualquer.
Lutar pela descriminalização do aborto, no país, não parece ser a solução ideal, numa época em que a prevenção da gravidez dispõe de tantos métodos. O governo talvez lucrasse mais cuidando da prevenção do que vindo a pagar pelos abortos que seriam realizados pelo SUS, e viesse a distribuir anticoncepcionais de maneira efetiva. E não seria condenado por legalizar o crime de impedir o nascimento de crianças num país em que a população está envelhecendo, mas o número de nascimentos diminuindo.