sexta-feira, 23 de maio de 2014

CONSIDERAÇÕES CONTRA O ÓDIO


                      CONSIDERAÇÕES SOBRE O ÓDIO

                                                             Rachel Winter
Certa vez, encontrava-me num ônibus lotado e, naquele sufoco, fiquei irritada com as cotoveladas e grosserias de algumas pessoas, que não se afastavam um milímetro para facilitar a passagem dos outros. E porque os que estavam em frente às portas não recuavam um mínimo que fosse, dificultando muito a saída.

Tive, então, uma reação curiosa – muitos podem até achar engraçada dada as circunstâncias em que me encontrava - pois, pensei: foi por todos estes que Cristo morreu. O que me levou a concluir, também, que a irritação momentânea ou habitual contra as pessoas é um caminho aberto em direção ao ódio. Assim como aquele defeito muito difundido de analisar a as pessoas pela aparência: uma porque é gorda, outra porque é magra ou tem o nariz grande, é baixinha ou alta demais, é mal-encarada ou mal-educada, tem os dentes horríveis, ou por causa da cor, e assim por diante. Sentimentos que se constituem em sementes do mal posto que poderão dar origem a frutos malignos se não vigiarmos, como manda a Palavra de Deus, a qual dá ênfase à pureza do nosso olhar: A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. Se, porém, forem maus, o teu corpo será tenebroso. (Mateus 6. 22, 23a).

Por sua vez, a Lei Civil classifica tais atitudes como preconceito. Mas, a Lei humana (imperfeita como tudo o que é humano), nada pode fazer para extirpar esse mal do coraçãodo homem. Além de deixar muitas lacunas, por exemplo, na proteção contra o preconceito no caso das pessoas bonitas, inteligentes, cultas ou ricas. Parece incrível, mas, existe preconceito. Inclusive contra os que fazem sucesso e são famosos. Caetano Veloso disse, certa vez, que fazer sucesso no Brasil é crime. E ele sabe do que está falando.

A implicância contra essas pessoas chega a ponto de torná-los vítimas de perseguição no ambiente de trabalho ou nas escolas. Perseguições que ganharam até nome próprio. No primeiro caso, assédio moral e, no segundo, bulling.

É o "olho mau" em ação constante e que não para por aí. Vejamos os dois lados da questão. Se alguém, seja homem ou mulher, apresenta uma aparência deselegante e pobre as pessoas torcem o nariz em sinal de desprezo; porém, se é elegante e bonita, muitas empinam o nariz, murmurando : pensa que é grande coisa...

É bastante evidente os maus olhares que as pessoas trocam nos eventos sociais ou em qualquer outra circunstância, até mesmo na família. Há uma prevenção maligna generalizada contra o outro. Por que isso acontece? A bendita Palavra de Deus fala da necessidade de amar o próximo como a si mesmo. Trata-se do segundo Mandamento citado por Jesus Cristo, na ocasião em que uma pessoa, um escriba, perguntou-lhe qual seria o primeiro de todos os Mandamentos. Jesus respondeu: Amarás o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo teu entendimento e com toda a tua força. O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Marcos 12. 28 a 31).

Como, então, olhar o nosso próximo com o olhar turvado pelo preconceito, pela raiva e pela superficialidade? Esse, certamente, é um caminho tortuoso e que apresenta muitos perigos. Tende a nos impedir de amar o próximo. Parece pouca coisa, insignificância. Mas, não é. Seus desvios podem levar ao desamor, à raiva e ao ódio. E é seríssima a acusação que lemos na Bíblia sobre esse sentimento terrível que é o ódio: Todo aquele que odeia o seu irmão é homicida e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. (1 João 3. 15). Fica bem claro que, para ser considerado assassino, não precisa chegar ao fato. Aliás, antes de pôr em prática o crime propriamente dito, o criminoso já o praticou em pensamento, pois, do pensamento precedem todos os nossos atos, bons ou maus.

Observando a situação de criminosos reais e já condenados pela Justiça, observa-se o quanto o ódio foi devastador na vida deles. Ao acabarem com a vida de quem odiavam tiveram as suas próprias vidas completamente arruinadas. Tornaram-se prisioneiros e miseráveis. Sabemos que jogadores de futebol, esportistas, artistas famosos e outras tantas celebridades que levavam uma vida milionária, gozavam de admiração e respeito na sociedade, perderam tudo, conforto, sucesso e muito mais ao deixarem-se arrastar por esse sentimento devastador que é o ódio. Tornaram-se execráveis perante a sociedade que antes os admirava. Até mesmo dentro das famílias, pais ou mães que mataram seus filhos e filhos que mataram seus pais, encontra-se gente de nível social elevado, muitos deles cultos, com diplomas de nível superior e que, de uma hora pra outra, viram-se arruinados financeira e moralmente, porque se deixaram levar por esse sentimento maligno.

Por que não trocar o ódio pelo amor? O alcance dessa mudança de rota levará o caminhante a percorrer aquele "Alto caminho, um caminho que se chama O Caminho Santo; o imundo não passará por ele, mas será para o povo de Deus; os caminhantes até mesmo os loucos não errarão." (Isaías 35. 8). E, por onde o imundo não passa não há destruição, nem desolação nem se acabam os sonhos de felicidade, alegria e paz, muito menos vidas são ceifadas, ou devastadas.













































quarta-feira, 21 de maio de 2014

Trecho extraído do livro Mensageiras da Ressurreição

                                     

                                   MALDADE INEXPLICÁVEL

                             

O sociólogo alemão, Alexander Schüller, ao observar os índices alarmantes de violência contabilizados na sociedade, exclama: "Há, em toda parte, uma maldade inexplicável." A observação do sociólogo vem simplesmente enfatizar o que salta aos olhos de todos, diariamente, por meio dos noticiários da mídia e pela experiência pessoal de cada um de nós. Contudo, essa maldade a que se refere Schüller, presente em todos os setores da sociedade – é bom que se destaque – tem, também, mulheres, tanto quanto homens como seus agentes disseminadores. Assim como existem feministas exacerbadas, há machistas tão irracionais quanto elas.
Outra observação importante, uma verdadeira questão de justiça nos lembra que, se há uma parcela da população feminina fazendo mau uso da liberdade, devido ao seu novo status social, existe a grande maioria das mulheres que está obtendo grandes vitórias ao participar ativamente da vida social e política das nações. Essa legião de mulheres vitoriosas está conseguindo desempenhar-se galhardamente de seus compromissos profissionais, ao mesmo tempo em que se desvela na administração do lar e na criação dos filhos.
Quanto à missão da mulher cristã, na sociedade, reconhecemos que lhe compete desempenhar relevante papel na cura da enfermidade social ao fazer uso da liberdade adquirida em Cristo. Certamente, para essa finalidade foi que Jesus a libertou da situação de subserviência em que vivia no contexto social e, obviamente, não para colaborar com o caos social.


A Palavra nos ensina, ao falar sobre a liberdade cristã: Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (João 8.36). Quem comete atrocidades e procede loucamente não é livre, mas, voltou novamente para o cativeiro, porque será alcançado, infalivelmente, pela justiça divina e poderá, até mesmo, ter de prestar contas à justiça humana a qualquer momento. Corre, assim, o risco de ter a vida arruinada e de arruinar a vida de outros, destruindo a si mesmo e levando outros consigo.
Devemos, pois, reconhecer a diferença que existe entre a liberdade em Cristo e a do mundo. Uma edifica, a outra confunde, por não estar fundamentada nos valores eternos que são encontrados na palavra de Deus, registrados na Bíblia e sintetizados exemplarmente no Sermão da Montanha, (Mateus 5; 6, 7), os quais brilham como farol em mar revolto, eternamente.
Será que não está mais do que na hora do reconhecimento, unânime, por parte dos cristãos, da emancipação espiritual da mulher? Foram muito claros os sinais que Cristo fez nesse sentido. Urge dar espaço para que a voz da mulher cristã sobreponha-se ao som ruidoso e desarmônico da sociedade promíscua e decadente. A propósito, a escritora francesa Jeanne Deroin, declarou, por volta de 1849, que "a moralidade de uma nação depende, acima de tudo, da moralidade de suas mulheres."
Enquanto as ceifeiras não tiverem reconhecida a sua autonomia espiritual para agir livremente dentro da seara, a sociedade encontra-se em perigo e os cristãos em falta, enquanto rebanhos continuam errantes e sem pastoras.
Lutar por um feminismo sem rancor é uma boa coisa, merece nosso esforço e coragem como um alvo digno de ser atingido, ou voltaremos à selvageria característica das sociedades não alcançadas pelo evangelho.                   


 Não podemos permitir que os planos de Jesus Cristo, ao determinar a libertação de todo o gênero feminino, sejam embaraçados por influências satânicas. Temos de lutar para que prevaleça a vontade de Deus aqui na terra, prelibando o Reino de Deus entre nós, o qual fala de igualdade e mutualidade no trabalho cristão - entre homens e mulheres. Fala, também, de mulheres levando a mensagem da salvação e da verdadeira libertação para outras mulheres, bem como para a própria família, pois, ministrar à família é prioridade na vida da mulher cristã.















quinta-feira, 15 de maio de 2014

Trecho extraído do livro Mensageiras da Ressurreição



                        LIBERTAÇÃO  DA MULHER POR CRISTO JESUS

Jesus Cristo não só esboçou como deu início ao processo libertário da mulher o qual, concretizando-se paulatinamente, chegou aos nossos dias. Indubitavelmente, suas origens remontam ao coração do nosso Salvador, pois ali foi planejado e determinado.

Tendo em vista que a idéia de libertação permeia todo o grandioso quadro da Salvação, observamos que a libertação do gênero feminino culmina no domingo de Páscoa, no comissionamento dado pelo Ressuscitado às mulheres: Ide dizer a meus irmãos que vão à Galiléia, e lá me verão (Mateus 28.10b), - ordenança de caráter perpétuo e universal. Em linha ascendente, do plano humano e social, ao espiritual, a emancipação espiritual da mulher se concretiza. Como melodia celeste, a saudação de Jesus, ressurreto, dizendo às mulheres: "Eu vos saúdo!" (v. 28. 9) ecoa perenemente em nosso coração.


O fato de o Salvador ter trabalhado a questão feminina com tanto empenho – ainda que a maioria das pessoas, mesmo cristãs, há séculos, permaneçam indiferentes, confusas e até mesmo cegas diante disso – motivou-me a escrever este livro, certamente inspirado por Deus. Inspiração que surgiu num dia em que, relendo o texto de Mateus 28, o qual trata da ressurreição de Cristo, tive um insight, ao ouvir a saudação de Jesus às mulheres que O procuravam no sepulcro.

A essência de tudo o que vim a ler, posteriormente, na bibliografia de autores cristãos, serviu apenas para confirmar o que já havia intuído na leitura feita naquele dia, em maio de 2002. A alegria, na ocasião daquela releitura de Mateus, foi tamanha que resolvi, de imediato, escrever um artigo com o mesmo título desta obra, levado à publicação na seção De Mulher para Mulher que, na época, assinava para a revista Graça, publicada pela Graça Editorial. Mais tarde, resolvi transformar o tema em livro.

Creio que, se as mulheres soubessem, no que tange à sua emancipação, o que devem a Jesus Cristo, certamente, escolheriam não apenas um momento para dar-Lhe graças, mas, dedicariam todos os dias de sua vida para agradecer-Lhe por essa bênção sem par. A graça redentora de Deus, ao nos dar a vida eterna concedeu-nos, também, aqui na terra, o direito de desfrutar de uma vida saudável de liberdade e paz. Iconoclasta, Jesus Cristo afrontou todas as leis e todos os costumes que oprimiam as mulheres a fim de libertá-las. Disputando com os fariseus, levava-os ao desespero ao colocar-Se sempre a favor dos direitos da mulher, fosse para livrá-la das garras da lei, em sentenças de morte, ou do pesado jugo constituído pelos costumes judaicos e pelo legalismo dos fariseus.

No mundo, muitas facções reivindicam a autoria da vitória pela emancipação social da mulher, sem se reportarem ao verdadeiro Autor dessa tremenda revolução social. Talvez, nem sequer O conheçam e, por isso, ignoram a Fonte donde emanou esse benefício para todo o gênero feminino - Jesus Cristo, o Libertador.

A mulher foi tirada da marginalização social em que permaneceu durante tanto tempo, maltratada, amordaçada e violada em seus mais comezinhos direitos individuais e sociais. Tratada como um ser inferior e juridicamente incapaz por uma legislação caracteristicamente androcêntrica sob a qual era, apenas, uma sombra do homem - o negativo da fotografia. Pior ainda, vista como amaldiçoada descendente de Eva, tratada injustamente como protagonista da Queda. Culpada sim, reconheçamos, mas em menor grau que o homem, pois, ele é o responsável; ela a co-responsável.

Todavia, não foi sob tal perspectiva que a mulher percorreu todos os séculos, vergada sob o peso de uma culpa imperdoável perante os olhos da sociedade, e de algumas religiões. Era como se Adão não possuísse, tanto quanto Eva, poder soberano de decisão e escolha entre o bem e o mal, com o agravante de que foi a ele, e não a ela, que Deus ordenara não tocar na árvore da ciência do bem e do mal (Gênesis 2.17). A carga maior de culpa, que deveria ter pesado sobre os ombros dele, tem sido carregada por ela.

Hoje, porém, as coisas começam a mudar. Tanto na igreja como na sociedade há um clamor por justiça, no sentido de devolver à mulher o direito à liberdade que lhe foi sonegado no decorrer dos séculos - vitória concedida por Cristo a todo o gênero feminino.

Neste livro, pretendo dar destaque às passagens dos textos bíblicos que relatam a atuação da mulher nos tempos de Jesus e da igreja primitiva, lançando mão, também, de trechos do Antigo Testamento concernentes ao assunto. Para essa finalidade busquei apoio na exegese de renomados autores cristãos. Serão incluídas, ainda, no final de alguns capítulos, frases de autoria de filósofos, intelectuais famosos, religiosos, cientistas e médicos numa mostra da idéia que, no passado, tinham acerca da mulher. A reunião de frases será englobada sob o título de Memorial da Discriminação. Pelo título presume-se que seus conceitos não eram nada favoráveis ao gênero feminino. Como se verá, disseram coisas cruéis, estapafúrdias e, até mesmo, hilariantes; a maioria, inacreditável. Pareciam falar de um ser de outro planeta. Diante de tanta sandice, chega-se a uma pergunta elementar: será que eles não tiveram mãe?


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Trecho extraído do capítulo 2 livro Mensageiras da Ressurreição

                


                  A MULHER ESTEJA CALADA...

Em meio às controvérsias que o tema da liderança feminina suscita, os cristãos encontram-se divididos em dois grupos bem distintos. Divisão que atinge, igualmente, as classes teológica e pastoral. Contudo, a maior tendência nos dias atuais é pelo reconhecimento do direito da mulher de exercer, tal como o homem, todos os ministérios conforme acontecia nos primórdios do cristianismo.
Stanley J. Grenz teólogo, classifica os representantes das duas correntes em igualitários e complementaristas.Os primeiros, favoráveis ao pleno direito da mulher de exercer o ministério eclesial em toda a sua dimensão, assim como era nos tempos apostólicos: as apóstolas militando no trabalho do Senhor ombro a ombro com os apóstolos.
Os segundos delimitam o campo da ação missionária da mulher e o seu espaço na igreja. Costumam vê-la apenas como apoiadora do trabalho do homem, complementando-o. Isso significa dizer, nunca ocupando cargo de liderança – mas, cedem a ela um pouquinho mais de espaço, em relação ao que ocupavam na sinagoga do passado.
No universo complementarista vicejam as doutrinas criadas sobre alguns textos das cartas paulinas, que tentam colocar impedimento ao livre exercício do trabalho da mulher na Igreja. Criar doutrinas, neste caso, significa extrair textos da Bíblia e interpretá-los livremente
fora do seu contexto, sem levar em conta as injunções sociais e o momento histórico em que ocorreram. Conclusão tendenciosa que apresenta um resultado bem diverso do verdadeiro sentido bíblico. Tais doutrinas tendem a valorizar ordenanças que foram direcionadas a solucionar problemas momentâneos e específicos da Igreja primitiva como se tivessem valor perpétuo - o que acontece ao descontextualizá-las.
Nosso foco, agora, volta-se para o texto mais usado por eles para manter a mulher marginalizada dentro da Igreja: "As mulheres estejam caladas nas igrejas; porque lhes não é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a Lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é indecente que as mulheres falem na igreja." (1 Coríntios 14. 34-35).
Mas, não há motivo para desespero! Vejamos a opinião de um ilustre igualitário, grande defensor da liberdade feminina, Duncan A. Reily, que foi catedrático de História Eclesiástica na Faculdade de Teologia Metodista. Suas pesquisas levaram-no a concluir categoricamente:
Afirmo que algumas mulheres, em muito maior número do que geralmente se suspeita, exerceram quase todos, senão todos, os ministérios que seus irmãos em Cristo desempenharam.
Podemos acrescentar que, certamente, não o fizeram silenciosamente, mas, pregando a Palavra com autoridade e ensinando com plena liberdade.Os que se prendem, literalmente, às palavras de Paulo, mencionadas acima, insistem em não observar as conjunturas sociais que compeliram o apóstolo a pronunciá-las. Não observaram os problemas que a Igreja enfrentava naquele momento. As duas frases (vv.34-35) foram proferidas em um momento em que o apóstolo buscava disciplinar o comportamento da congregação na adoração cultual, ao tratar da necessidade de ordem no culto: Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. (v.33).
As recomendações sobre o silêncio das mulheres na igreja, segundo o modo de ver igualitário, incluem-se entre as de caráter temporário. Destinavam-se, especialmente, a solucionar mais um problema, dentre tantos outros com os quais Paulo teve de se defrontar concernentes à igreja de Corinto. Igreja que causou ao apóstolo incontáveis preocupações, devido às circunstâncias sociais não serem nada favoráveis ao desenvolvimento do cristianismo. Localizada na cidade conhecida por sua proverbial imoralidade, na qual imperavam as práticas pagãs da sociedade grega, Paulo lutava para fazer sobressair a pureza dos costumes cristãos em seu meio. A depravação em Corinto era de tal monta que a expressão "viver à moda de Corinto" significava viver na imoralidade e na degradação moral. A palavra korinthiazomai significava praticar imoralidade e, korinthiastis era sinônimo de meretriz. No topo de uma montanha chamada Acrocorinto, localizada atrás da cidade, encontrava-se o templo de Afrodite, ou Vênus, a deusa do amor. A dissolução moral de Corinto devia-se justamente ao culto à deusa. (Continua).