terça-feira, 4 de março de 2014

Trecho extraído do capítulo 13 do livro Mensageiras da Ressurreição

                
               13.  O SILÊNCI0 SOBRE A HISTÓRIA DA MULHER




Abafada por um silêncio milenar, a história da mulher cristã, parece, nesta era feminista, despertar mais e mais interesse. Seu incômodo peso que, durante séculos, manteve ocultas ou amesquinhadas muitas etapas de sua História agora, vai aos poucos, sendo removido. Eruditos cristãos brasileiros, a exemplo de europeus e norte-americanos, vão desvendando os seus mistérios pelo exercício da exegese, aliada à pesquisa histórica, bem como por meio da Teologia,

Assim, os que pensavam que a atuação das mulheres durante o ministério terreno de Jesus e na Igreja primitiva foi irrelevante vão de surpresa em surpresa descobrindo outra realidade maravilhosa. As escavações feitas pelos pesquisadores da saga feminina, relatada na Bíblia, estão desvendando um panorama em que a contribuição da mulher para o Evangelho do Reino aparece bem mais vultosa do que se costuma imaginar.

                        
 MULHERES DO NOVO TESTAMENTO ESSAS DESCONHECIDAS




Entre o povo evangélico de hoje, percebe-se que são raríssimos os nomes femininos, dentre os registrados Novo Testamento, lembrados como dignos de nota. Isso demostra quão oportunos são os estudos dos exegetas, e que grande lacuna vêem preencher.

O panorama visto deste século indica que, tirante os nomes de Maria, mãe de Jesus, e Maria Madalena - mencionada mais pelos seus pseudospecados do que pela sua santificação -, o de Tabita (Dorcas) conhecida pela sua 

 ressurreição, e o nome de Lídia que é mal e mal conhecido, o resto é silêncio. Ignora-se o que elas faziam e até mesmo o nome das diversas mulheres citadas nas cartas de Paulo. Os estudos dos eruditos cristãos têm ajudado a corrigir esse lapso para tentar recompor a história da mulher do Novo Testamento.

O grande desconhecimento entre os cristãos, até mesmo por parte de líderes, a respeito do desempenho da mulher nos tempos de Jesus e da primeira Igreja cristã é notável. Daí, talvez, a resistência de muitas denominações em admitir o ministério feminino no seu âmbito, e até mesmo de reconhecer a capacidade e o direito das mulheres de ensinar na Igreja, e de ocupar cargos de relevância, tal como no passado remoto. Isso tudo aliado, claro, à má interpretação de certas palavras das cartas paulinas.

Todavia, o trabalho de pesquisadores da História da Igreja, tanto evangélicos como católicos, vem mostrar uma realidade muito rica concernente à atuação da mulher ao lado de Jesus e na comunidade pós-páscoa, como ficou demonstrado ligeiramente no capítulo 7 deste livro, Atos das Apóstolas. (Continua).



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