domingo, 31 de março de 2013

Trecho extraído do livro Mensageiras da Ressurreição

                          TEOLOGIAS DA REDENÇÃO (CONTINUAÇÃO)
 3. Teologia substitutiva
 Esta teoria pode ser vista como uma vertente da anterior, não se estabelecendo entre ambas, contudo, uma real separação. A teologia substitu­tiva acredita que Jesus, além de pagar pela humanidade pecadora, Ele a substituiu, tanto por um decreto divino, como por ter-se encarnado no meio dos pecadores. O au­tor considera errada essa maneira de encarar os aconteci­mentos do Calvário e faz a seguinte explanação a respeito:
Tornado assim um pecado encarnado, atraiu sobre si a cólera que castiga o pecado, desceu até o inferno do abandono, passou até mesmo a ser visto como rejeitado por Deus. É assim que essa teoria entende a descida de Jesus aos infernos, contrariamente à tradição primitiva, recebida no símbolo dos apóstolos, segundo a qual essa descida significa Jesus participando com os defuntos seu triunfo sobre a morte. Essa visão trágica, na qual Deus se opõe a Si mesmo em seu Filho – Deus contra Deus – in­flamou a eloquência dos pregadores, tanto católicos como protestantes.
Erro dos mais graves, também, apontado, é o fato de que tal teoria não leva em consideração o aspecto trinitário da redenção. Porquanto Deus é apresentado identificando-Se com uma justiça que reivindica Seus direitos, e não mais com o Pai que gera, visto que Sua justiça exige a imolação do Filho. Em vez de ser o Pai que ama o Primogênito, e a cuja paternidade Ele se submete, existe apenas o Deus justiceiro. Em lugar do Filho que se entrega, há apenas o homem-Deus que oferece um preço infinito, tratando o Pai de igual para igual: “um paga o outro retribui” – modelo de pensamento característico, também, da teologia jurídica.
Igualmente, criticável seria o entender que Cristo é quem reconcilia Deus com os homens, ao contrário do que se lê: Pois era Deus que em Cristo reconciliava o mundo consigo. (2 Coríntios 5,19). Acrescente-se, ainda, que a redenção é um dom gratuito, uma obra que Deus realiza e que a realiza em Cristo, que Se torna mistério da salvação – visto que, Ele foi declarado Filho de Deus com poder, pela sua ressurreição dentre os mortos. (Romanos 1.4). E se tornou redenção. (1 Coríntios 1.30b). Nesse caso, segundo a referida teoria, sujeita a críticas, Cristo assumiria a iniciativa que caberia a Deus-Pai.
Estranhável, igualmente, é o fato de na teologia da substituição o Pai que disse: Tu és meu Filho amado, em ti me comprazo (Marcos 11.1b), mostrar-Se contra o Filho, justamente no momento em que Jesus cumpre filialmente a missão recebida do Pai. Contexto no qual Jesus aparece como o culpado universal e não como o Filho em Sua san­tidade; Ele, sem culpa ou pecado algum, o Filho amado (Jo, 3.35), o que vive sempre na casa do Pai (João 8. 35).
Em favor dos teólogos modernos que retomaram a teoria da substituição, o pesquisador ressalva que o fize­ram situando-a realmente na Trindade. Porém, não man­tendo a imagem tradicional da Trindade, porque falam de uma ruptura que, acreditam, ter havido entre o Pai e o Filho, ainda que procurem resolver a questão dessa divi­são direcionando-a para a comunhão trinitária.
Além disso, a teoria da substituição nega a presen­ça do Espírito na morte de Jesus. Vejamos as razões apre­sentadas para chegar-se a tal conclusão:
O Espírito Santo é comunhão e, nessa teoria, (da substituição) a morte de Cristo caracteriza-se como uma morte-ruptura. Nega assim, a presença do Espírito na morte de Jesus, porque o Espírito Santo é comunhão. Por isso ela ignora a filiação de Jesus em sua morte, Jesus era Filho de Deus no Espírito Santo. Ignorada no conceito de morte-ruptura, esta seria como a morte de um pecador, e qual seria seu valor salvífico?
Mais uma questão surge na esteira dessa conclusão e torna impossível fazer calar uma instigante pergunta, colocada pelo teólogo: Como poderiam, então, os fiéis entrarem em comunhão com Deus pela participação na morte de Jesus, se esta é uma ruptura? (Continua).

sábado, 30 de março de 2013

Trecho extraído do livro Mensageiras da Ressurreição

                       TEOLOGIAS DA REDENÇÃO – (CONTINUAÇÃO)
 2. TEOLOGIA JURÍDICA
 
O teólogo viu-se inclinado a nomear essa corrente teológica de jurídica pela semelhança que apresenta com a justiça humana, segundo a qual a ressurreição exerce um papel secundário e Jesus não é considerado como o “Filho em sua relação com o Pai”; o Espírito Santo é dei­xado no silêncio. Modelo de teologia que predominou durante muitos séculos, deixou sua marca indelével no pensamento cristão e ainda é forte atualmente.
A teologia jurídica entende que, pelo fato de o ho­mem ter-se tornado pecador em extremo, a justiça divina tem direito de exigir uma repara­ção adequada, isto é, infinita. Segundo essa corrente teológica, Deus é visto como reivindicador de seus direitos, e o perdão está condicio­nado à reparação da ofensa. Atribui-se a Ele um modo de pensar semelhante ao da justiça humana. Tal é a imagem que a teologia jurídica tem de Deus. Trata de direitos le­sados e reparados, de direito adquirido por Cristo em favor dos homens, da aplicação aos homens dos direitos adquiridos por Cristo. Segundo o teólogo, a palavra co­munhão nem mesmo é pronunciada. Ele acentua o cará­ter de dramaticidade que a teologia jurídica tomou para muitos teólogos desde os tempos da Reforma:
“Quanto ao Espírito Santo, o normal é que esteja ausente, pois Ele é comunhão, noção estranha ao modo de pensar jurídico. Sua ausência na teologia da redenção pode ter sido a causa do secular eclipse do Espírito na teologia ocidental. O Espírito é a santa justiça do amor. Uma teoria, onde a justiça não é amor gratuito, deixa de fora o Espírito Santo. Mas, ao negligenciar o Espírito da verdade que ensina todas as coisas (João 14.17s), essa teo­ria se coloca distante da verdade. Teólogos que, moderna­mente retomaram essa teoria, buscam escoimá-la de suas características jurídicas, transpondo para a intimidade da Trindade as fissuras entre o Pai e o Filho”. (Continua).
 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Trecho extraído do livro Mensageiras da Ressurreição

Capítulo 12
                                      TEOLOGIAS DA REDENÇÃO
1. Teologia do Mistério Pascal
Em estudo realizado pelo teólogo François Xavier Durrwell, encontramos uma síntese a respeito das diver­sas teorias acerca da ressurreição. Trata-se de pesquisa de caráter didático na qual o autor divide o assunto em três temas principais. À primeira teoria, ele dá o nome de Teologia do Mistério Pascal, a qual abordaremos, resu­midamente, ao lado das outras duas, às quais ele nomeia de Teologia Jurídica e Teologia Substitutiva. De início o autor declara o seguinte: Quando se afirma que Jesus, morto e ressuscitado, tornou-se em plenitude aquilo o que já é desde o começo, o Filho de Deus no Espírito Santo, está-se afirmando tudo o que se pode afirmar a respeito do mistério pascal. Mas é preciso complementar a afirmação: ele morreu e ressus­citou por todos nós (2 Coríntios 5.15). Em seu mistério pascal, Jesus é o Salvador, pois é por nós que o Pai o gera no Espírito Santo e que Jesus se deixa gerar.
Ao falar da morte de Jesus não se pode perder de vista, segundo enfatiza a referida teoria, que Jesus ressus­cita Filho de Deus (Atos 13.33) no Espírito Santo (Ro­manos 8.11). Esse é um ponto chave do mistério pascal, o que implica numa conotação única da palavra morte, e a faz diferir do significado que, comumente se dá à pala­vra. Jesus não morre simplesmente: Ele morre para o Pai que O ressuscita no Espírito Santo para a eterna glória.
Outra observação de suma importância, destacada pelo teólogo, sublinha o fato de o mistério da morte e do nascimento – páscoa é um nascimento – serem dois aspectos de um único mistério. A própria existência ter­restre de Jesus já exibia esses dois ângulos que se fundem em um só, e que são amplamente destacados em diversos livros dos Evangelhos, tais como: Lucas (1.35); Filipenses (2.6-7-8); Hebreus (10.5s); João (12.32) e Atos (13.33).
Ao meditar sobre as questões propostas, a atenção volta-se em direção ao paralelismo com as palavras pro­nunciadas por Jesus sobre sua morte e ressurreição: Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. (Jo 10.17). Morte e nascimento conotam a mes­ma realidade, a qual nos remete ao momento em que, na cruz, Jesus exclamou: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E havendo dito isto, expirou. (Lucas 23.46b). No passo seguinte, isto é, na ressurreição, Jesus retoma o Seu mesmo corpo, agora, glorificado; e acerca de Seu espírito - parece clara a conclusão a que o autor nos quer fazer chegar, - o Salvador não viu a corrupção porque o Pai o susteve em Suas mãos, e O gerou para a eterna plenitude. Em conclu­são, podemos crer que o Seu espírito não experimentara a morte. Jesus Cristo, o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim – portanto, Eterno e indestrutível - tornar-se-ia em plenitude tudo o que sempre fora: o Filho de Deus no Espírito Santo, finalmente, podendo ter conhecida a sua verdadeira iden­tidade. Não seria mais como no passado, quando proibiu os Seus discípulos de dizer a quem quer que fosse, que Ele era o Cristo. Episódio registrado em Mateus 16.16, diante da revelação de Pedro: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.
Assim como pelo poder do Espírito Santo, o Pai ge­rou Jesus no ventre de Maria, ao ressuscitá-lO, por esse mesmo poder, devolve-O à Sua real e eterna plenitude. O Filho do Homem retoma sua verdadeira identidade, a de Filho de Deus no Espírito Santo. (Continua).
 

domingo, 17 de março de 2013


                                        DISCIPULADO FEMININO

 Propagou-se a ideia de que os discípulos de Jesus seriam apenas aqueles que pertenceram ao grupo dos Doze, os primeiros escolhidos para acompanhá-lO em seu ministério terreno. Segundo tal ideia, somente eles seriam dignos desse nome e, como tal, poderiam ser con­siderados. Porém, seguir esse ponto de vista é passar ao largo do grupo dos setenta e dois (Lucas 10 - NVI), do grupo dos cento e vinte (Atos 1.14,15) e de um exérci­to incontável de discípulos que seguiram, seguem e se­guirão a Cristo até a consumação dos séculos. Inclusive Paulo e Barnabé, considerados discípulos, incontestavel­mente, ainda que não houvessem pertencido ao grupo dos doze, conforme se lê claramente em Atos 14.14.

Seria, também, deixar de lado discípulos secretos de Jesus, como José de Arimatéia, que foi a Pilatos pedir o corpo do Senhor para colocá-lo no sepulcro: E vinda já a tarde, chegou um homem rico de Arimatéia, por nome José, que também era discípulo de Jesus. (Mateus 27.57). O evangelho de João faz idêntica referência a José de Ari­matéia, acrescentando O que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus. (19.38a).

Aqueles dois discípulos a caminho de Emaús, re­feridos no evangelho de Lucas (24.13) também, vêm confirmar a realidade sobre o número dos que eram cha­mados de discípulos do Senhor, que excedia em muito o grupo dos Doze. Um dos dois, cujos nomes não são mencionados pelos evangelistas, costuma ser identifica­do como sendo Cléofas, de vez que sua ligação com os Onze era notável.

A prudência e o bom senso aconselham, antes de precipitar-se nesse tipo de conclusão, esclarecer o con­ceito abarcado pela palavra discípulo ou apóstolo no contexto bíblico. Conforme ensina a Teologia:

Segundo Paulo, a qualidade de apóstolo não se li­mita aos Doze. São apóstolos todos os que foram teste­munhas oculares da ressurreição e que foram designados pelo Senhor ressuscitado para o trabalho missionário (1Coríntios 9).47

A palavra apóstolo, em seu sentido original, signifi­cava mensageiro a quem era delegada uma determinada tarefa. Nas cartas de Paulo, o seu significado é especifica­do, e designa um mensageiro enviado pelo Ressuscitado.

Na medida em que nem todo apóstolo era membro dos Doze, o termo “apóstolo” parece haver conotado ori­ginalmente um círculo independente e mais compreen­sivo de liderança na igreja primitiva.

Pode-se identificá-lo como uma espécie de alicerce sobre o qual a história da Igreja desenrola-se. Com efei­to, a referência aos Doze, encontrada em Mateus 19.28 e Apocalipse 21.14, poderia corroborar a idéia de que se trata somente daquele grupo que, no início, fora esco­lhido por Jesus. Contudo, uma leitura mais atenta des­ses textos mostra referir-se, não só a um grupo de doze homens, mas à função que teriam todos os discípulos de Jesus, para Israel, no futuro escatológico.

Observemos a mencionada citação de Mateus: E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. É importante esclarecer que, no tempo de Jesus, das doze tribos de Israel somente restavam duas e meia, donde se deduz que o número doze é claramente simbólico. As­sim, a venerável expressão Doze Apóstolos tem, apenas, um significado escatológico e simbólico.

Na citada menção de Apocalipse - E o muro da ci­dade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro – “não se diz que os Doze são o fundamento da Igreja, mas, sim, da Nova Jerusalém, o que é claramente uma realidade escatológica”.

Não se trata de Israel, com referência à sua cons­tituição histórica, mas, de seu futuro escatológico - da Santa Cidade [...], que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido... - segundo a visão do apóstolo João, registrada em Apocalipse 21.2. (Continua).

domingo, 10 de março de 2013

Texto extraído da Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia


                                        

                                       CÃO, FILHO DE NOÉ

              Texto extraído da Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia –

                             Autor:  R.N. Champlin, Ph. -  Editora Hagnos

 Este artigo refere-se ao filho mais novo de Noé, aos seus descendentes e a uma cidade.

1. Cão, Filho de Noé. No hebraico, seu nome, ham, significa “queimado”, “moreno”. Era o mais jovem dos três filhos de Noé (Gên. 5.32). Já era casado na época do dilúvio. Juntamente com sua esposa, foi salvo da destruição, na arca. Terminado o dilúvio, provocou a ira de seu pai por um ato de indecência, tendo sido castigado por meio de uma predição de longo alcance (Gên. 9. 21ss). Segundo essa profecia, os descendentes de Cão seriam escravos dos descendentes de seus dois irmãos. A Bíblia atribui todos os povos atualmente existentes no mundo a esses três irmãos.

Na tabela das nações, em Gên. 10.6-10, Cão é apresentado como o antepassado dos egípcios e dos povos sob o controle egípcio, no nordeste da África, além de certas porções da Arábia e a terra de Canaã, com a exceção de Ninrode. Por causa da conexão entre o nome de Cão e a África, alguns intérpretes têm pensado que o comércio escravagista, que envolveu os africanos já nos tempos modernos, além do fato de que os povos negros têm sido, de modo geral, subservientes a outros povos, resultam da maldição lançada contra Canaã, descendente de Cão. Outros estudiosos não podem ver nenhum sentido nisso. Os intérpretes liberais supõem que a tabela das nações, no livro de Gênesis, não passa de uma criação da imaginação piedosa dos homens, sem qualquer base na  antropologia científica.

O adjetivo “camita” é usado pelos estudiosos modernos para referir-se a um grupo de idiomas entre os quais destaca-se o egípcio. Segundo a moderna classificação antropológica, não há nenhuma raça reconhecida como camita. Mas isso é compreensível, porque os antropólogos não partem da Bíblia, e, sim, de certas distinções mais ou menos artificiais, como cor da pele, tipo de cabelo, etc.

Lembremo-nos que os três filhos de Noé eram irmãos. E as variações raciais que encontramos atualmente dependem mais de certas características que se vão acentuando, devido à seleção natural e o isolamento em que os povos viveram durante milênios. Só na nossa época de transporte rápido e fácil, quando os povos podem miscigenarse mais prontamente, esse isolamento está desaparecendo.

 

2. A palavra Cão também é usada para indicar os descendentes do homem desse nome (1 Crô. 4. 40; Sal.78.51; 105. 23, 27).

 

3. Nome de uma cidade cujos habitantes, os zuzins, foram feridos por Quedorlaomer, na época de Abraão. Em nossa versão portuguesa, o nome dessa cidade aparece como “Hã” (Gên. 14. 5).

segunda-feira, 4 de março de 2013

Trecho extraído do capítulo 18 do livro Mensageiras da Ressurreição



                     As MULHERES E O CARGO DE PASTORA



Ponto crucial apresentado como impedimento para a mulher assumir o ministério ordenado – de Pastora - no debate que se trava no âmbito do feminismo teológico, tem sido o de que a mulher não tem uma "semelhança natural" com a masculinidade de Cristo. O Vaticano lançou mão desse argumento, em 1977, para proibir a ordenação de mulheres na Igreja Católica. Aliás, ratificando a proibição que, há milênios, subsiste dentro do catolicismo. As igrejas evangélicas mais tradicionais, ao apresentarem, inclusive, argumentos que corroboram na interdição da mulher ao ministério ordenado, não ficam muito distantes, nesse aspecto, da doutrina católica.
Elisabeth Fiorenza contesta o ponto de vista do Vaticano, observando no que ele implica:

Ou as mulheres não podem ser batizadas porque no batismo os cristãos se tornam membros do corpo (masculino) de Cristo ou nós não permanecemos mulheres porque os batizados se conformaram ao "homem perfeito", em ambos os casos, uma tal teologia nega a universalidade da encarnação e da salvação a fim de manter e legitimar as estruturas patriarcais da Igreja.
Sem dúvida, conclusão irrepreensível; uma vez que a mencionada teoria deriva de uma proposição falaciosa, a sua conclusão só poderia ser igualmente falsa, tal qual a teóloga aponta. Isso sucede porque os antifeministas (complementaristas) colocam uma questão de caráter ontológico, ou seja, a semelhança de Cristo, num plano de natureza biológica, a masculinidade de Jesus. Como de costume, esse é um apelo discriminatório baseado no gênero; puro sexismo. (Continua).