domingo, 6 de janeiro de 2013

Trecho extraído do capítulo 8 do livro Mensageiras da Ressurreição

                   O TEXTO MAIS EXPLOSIVO DO NOVO TESTAMENTO
 
Antes de comentar o referido texto, de Gálatas 3.26-28 - já mencionado no primeiro capítulo deste livro - con­vém observar a definição que os dicionários dão à palavra machismo: Atitude ou comportamento de quem não acei­ta a igualdade de direitos para o homem e a mulher.
Essa definição, cotejada com o objetivo ardua­mente buscado pelo apóstolo Paulo, isto é, o da unidade dos crentes em Cristo, por se tratar de um mandamento fundamental do cristianismo, coloca-nos diante de um impasse. Impossível, alguém que não reconhece direitos iguais para homens e mulheres, escrever o texto social­mente mais explosivo do Novo Testamento, justamente para defender esses direitos, exatamente como Paulo faz, na carta aos Gálatas: Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Ele encerra o pen­samento com chave de ouro declarando: E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa. (v. 29). Prova cabal de que as mu­lheres e as pessoas marginalizadas dentro da sociedade, não foram deserdadas pelo Pai, mas, adotadas em Cristo como verdadeiras filhas de Deus, independente de status social ou sexo – basta crer em Jesus Cristo e aceitá-lo como seu Senhor e Salvador. Esse texto serve, também, para livrar o apóstolo Paulo da pecha de machista.
A frase, do versículo 29, remete-nos a outro após­tolo, a Pedro, o qual observa que homens e mulheres são co-herdeiros da graça da vida, (1 Pedro 3.7). Graça sob a qual desponta a nova nação das pessoas recriadas em Cristo, em meio à qual são quebradas as barreiras que as separavam por questões de raça, classe social ou gênero.
Dentre os motivos que deram a Paulo fama de ma­chista encontram-se algumas de suas bem conhecidas – porém, mal-interpretadas - recomendações às mulhe­res, sobre as quais já falamos anteriormente. Ao tomar conhecimento dessas recomendações, com isenção de ânimo, conclui-se que costumam ser lidas sem levar em conta o contexto social e a situação da Igreja no momen­to em que foram escritas, conforme asseveram os estu­diosos cristãos adeptos do igualitarismo entre homens e mulheres dentro da igreja.
Passemos a apreciar, agora, nos textos bíblicos, como foi a atuação da mulher nos primórdios da Igreja. A constatação dessa realidade, por si só, contribui para amenizar, e até apagar, a fama que se apegou ao nome de Paulo, de inibidor da ação das mulheres no plano ecle­sial. Ao mesmo tempo, em que nos faz aquilatar o valor do ministério das primeiras mulheres cristãs. O caso de Febe, que dá início a este capítulo, é exemplar.
 

2 comentários:

  1. Saudação Irmã Raquel

    Deus abençoe as sábias palavras.


    Paz!

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  2. Obrigada, Ester! Graça e paz. A palavra de Deus é que é sábia. Um grande abraço.

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