terça-feira, 27 de novembro de 2012

Trecho extraído do capítulo 9 do livro Mensageiras da Ressurreição

                              PROFETISAS DO NOVO TESTAMENTO
 
Nas promessas divinas acerca do dom da profecia, as mulheres estão incluídas, implícita ou explicitamente. Lucas, em Atos dos Apóstolos, fala sobre a descida do Es­pírito Santo, sobre os apóstolos, no dia de Pentecostes: E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a fa­lar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes con­cedia que falassem (vv. 2,4). Na sequência, (Atos 2. 17b- 18), Pedro lembra o que disse o profeta Joel acerca do ato de profetizar. Texto, no qual o próprio Deus promete que derramará do seu Espírito sobre as pessoas, incluindo, de maneira clara, as mulheres no fenômeno profético: Os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão[...] E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e mi­nhas servas naqueles dias, e profetizarão.
O dom da profecia, na casa do evangelista Filipe, fora derramado por Deus de modo magnífico. Ele pos­suía quatro filhas solteiras e todas profetizavam (Atos 21.9). Outro exemplo nos é fornecido, indiretamente, pelo apóstolo Paulo: Mas toda a mulher que ora ou pro­fetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada (1 Coríntios 11.5). Esse texto desperta muito o interesse das pessoas para a questão do uso do véu, aconselhado por Paulo. Curiosamente, tornou-se mais atrativa a referência ao uso do véu do que o fato de o próprio Paulo estar confir­mando, por suas próprias palavras, que as mulheres da Igreja primitiva, profetizavam e oravam - em público, nas assembléias.
Os profetas tinham a prerrogativa das funções de li­derança, durante a celebração da Eucaristia. Paulo, Lucas e o Apocalipse documentam o fato de as mulheres exer­cerem liderança como profetisas durante o cristianismo primitivo.
Mais um ponto positivo para os que acreditam no mesmo direito que têm as mulheres de ensinar, exortar e edificar a igreja, tanto quanto os homens. A autorida­de da profecia, por ser decorrente das revelações divinas, transforma profetisas e profetas em emissários do Se­nhor, no próprio fundamento da igreja, e cuja presença é uma constante em toda a história do cristianismo.
Para encerrar o assunto, temos que lembrar, ainda, dos nomes de algumas mulheres responsáveis por atos proféticos como Isabel, a prima de Maria, mãe de Jesus. (Sobre Maria falaremos num capítulo especial, dedicado a conhecer o seu lado pedagógico, como educadora do menino Jesus); do nome de Marta, irmã de Lázaro, que revelou conhecer a messianidade de Jesus, quando afir­mou: Creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. (João 11. 27b). Profecia equivalente à de Pedro quando, respondendo a uma pergunta do Salvador sobre quem ele achava que Jesus era, respondeu-lhe: Tu és o Cristo. (Marcos 8. 29b). A samaritana também pode ser vista proferindo uma palavra profética quando, em sua caminhada, foi à cidade e disse aos seus conterrâne­os: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito: porventura não é este o Cristo? (João 4.29).

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