domingo, 23 de setembro de 2012

Trecho extraído do capítulo Atos das Apóstolas do livro Mensageiras da Ressurreição


           
             TERMOS ESCLARECEDORES SOBRE O MINISTÉRIO DE FEBE

A palavra diácona significa ministra. Sua conotação não seria a mesma de diaconisa ou diácono, conforme se entende hoje, qual seja, de um cargo menor que o de presbítero.
Febe não se destacou por ser uma diaconisa, mas porque foi diácona (ministra) de toda a igreja de Cencréia. E mais: foi recomendada para a Igreja de Roma.
 Há consenso, entre grande número dos estudiosos, em reconhecer que Febe exercia cargo de liderança na igreja de Cencréia. Sua autoridade e seu trabalho serviam-lhe de cartão de visita, visto que Paulo destaca-os ao recomendá-la à Igreja de Roma. O que nos leva a crer, que ela desempenhava um papel equivalente ou semelhante ao que, hoje, chamamos de Pastora.
Além de diakonos, Febe era conhecida, na comunidade cristã, como prostatis. Esse título não tem paralelo no Novo Testamento, pois a única vez em que aparece é no citado texto de Romanos. Prostatis designa presidente ou algo equivalente. Na literatura grega, prostatis sempre significa legisladora, líder ou protetora. Na literatura judaica, a expressão é usada para designar o oficial principal, presidente, governador, protetor ou superintendente. Tudo indica que Febe ocupou cargo de importância no que se refere à liderança, na comunidade de Cencréia como diácona e prostatis (presidente).
Todo o esforço despendido em esclarecer o verdadeiro sentido desses termos deriva da tensão criada entre cristãos feministas e antifeministas. Os últimos mostram-se sempre dispostos a minimizar e amesquinhar o papel desempenhado pela mulher na história da Igreja, com a finalidade de obstruir-lhe o caminho e travar seus passos que a estão conduzindo, hoje, ainda que tardiamente, em direção ao púlpito.
 Febe poderia ser chamada de mulher moderna, por sua independência pessoal e determinação. Difícil imaginá-la vivendo em meio a uma sociedade patriarcal, tendo em vista as inúmeras restrições que a Lei e os costumes impunham à atividade e à vida das mulheres. Mas, se repararmos bem, em muitas outras mulheres da primeira comunidade cristã, também se encontram características semelhantes às suas, como em Lídia e Maria Madalena. Estas qualidades, também, eram encontradas em todas aquelas que pertenceram ao grupo que acompanhava Jesus em Seu ministério itinerante. Conclui-se, facilmente, a esse respeito observando o alto grau de coragem, disposição e independência para se locomoverem constantemente, enfrentando com ânimo os naturais acidentes de percurso naquele modo de vida primitivo. Apesar das dificuldades, elas cumpriam a sua parte na causa do Caminho. Mas, ao lado de Jesus há alguma coisa difícil? O bom ânimo, que não lhes faltou, pode ser facilmente identificado como o poder de Deus que sustenta todos os que O amam e demonstram o seu amor ao seguirem os Seus mandamentos.                 

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