segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Trecho extraído do capítulo 8 do livro Mensageiras da Ressurreição

                         MÁRTIRES CRISTÃS


O relato da perseguição aos cristãos, após a ascensão de Cristo, e durante os primeiros séculos, possui um lado que ainda carece ser melhor conhecido e avaliado. Referimo-nos ao lado feminino dessa História. O silêncio, como um manto de ferro, sob o qual se oculta esse episódio ainda não foi removido totalmente para que se possa observar toda a dimensão de seu heroísmo. Porque tal como o homem, a mulher suportou perseguição, tortura e chegou a morrer por não renegar a fé em Cristo, naqueles tempos difíceis para a Igreja. Além de ajudar os irmãos perseguidos, as mulheres foram igualmente encarceradas, padecendo nas prisões como a própria Bíblia relata. Não pode ser esquecido que muitas delas não temeram acompanhar os passos de Jesus até o Calvário e durante a crucificação. Além do mais, no domingo de Páscoa, de madrugada, já estavam postadas diante do túmulo de Jesus.
Será que não temiam ser apontadas como pertencentes ao grupo dos seus seguidores?
Posteriormente, por ocasião da morte de Estevão, o primeiro mártir cristão, iniciou-se a dispersão dos cristãos sob a perseguição dos judeus, que os levou a fugir para outras cidades. Pelo exemplo de Saulo, pode-se observar que a perseguição não se restringia apenas aos homens, mas, atingia igualmente homens e mulheres. Saulo assolava a Igreja, entrando pelas casas: e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão. (Atos 8.3)


Referindo-se ao texto, bem como a Atos 9.1-2 e 22.4, onde se encontra menção clara sobre a violência que atingiu também as mulheres, o pesquisador Witherington III, observa: As mulheres da igreja de Jerusalém desempenharam um papel tão vital que sofreram perseguição juntamente com os homens.

É interessante, também, observar, integralmente o texto de Atos (9. 1,2): E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
Seguindo-se à perseguição movida pelos judeus, nos séculos seguintes e até quando o governo de Constantino descriminalizou o cristianismo, o governo de  Roma, também, resolveu estender seus tentáculos em direção aos cristãos em cruenta e tenaz perseguição.


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