terça-feira, 24 de julho de 2012


        Sinopse do livro Mensageiras da Ressurreição

O comissionamento de Jesus Cristo dado às mulheres no Domingo de Páscoa, registrado no Novo Testamento, parece não ter recebido da Igreja, no decorrer dos séculos, a merecida atenção. E o livro Mensageiras da Ressurreição se propõe a resgatar esse fato extraordinário, o qual mostra Jesus Cristo colocando as mulheres num patamar antes nunca alcançado, ao apresentá-las no ápice de sua autonomia espiritual, capacitadas por Ele para proclamar a mensagem da cruz ao nomeá-las como as primeiras embaixatrizes da Ressurreição.
Hoje, estão as Igrejas perfeitamente cônscias dessa realidade? Afinal já se passaram mais de dois mil anos...
Tais questões são debatidas focalizando, também, interpretações falaciosas de certas palavras de Paulo que têm servido de óbice ao reconhecimento do espaço da mulher dentro da missão evangelística. É colocada em destaque, também, a relevante atuação das mulheres da igreja primitiva, pouco lembradas e mal e mal reconhecidas como primeiras discípulas de Jesus, no capítulo do livro denominado “Atos das Apóstolas”.
É estabelecida, também, uma comparação entre a situação das mulheres dos países não alcançados pelo Evangelho que, em contraste com a situação das mulheres dos países cristãos, continuam reféns do jugo representado pela crueldade das leis humanas até os dias de hoje. É civilização versus barbárie.
Uma incursão pela história da mulher no mundo, deixa ver o quanto ela tem sido vítima de discriminações abomináveis por conta do preconceito chamado de “sexismo”.
Ao final de alguns capítulos do livro, encontram-se reunidas frases de autoria de filósofos, intelectuais, religiosos, cientistas e médicos famosos numa mostra da idéia que faziam da mulher no passado, englobadas sob o título de “Memorial da Discriminação”.  Inacreditáveis, estapafúrdios, cruéis e até mesmo hilariantes são apenas alguns dos adjetivos para (des)classificar tais pensamentos emitidos pela nata da intelectualidade através dos tempos.
No lodaçal de idéias falsas e preconceitos em que se viu envolvida a figura da mulher, é como se o gênero feminino tivesse ficado fora da Nova Aliança. Como se Jesus Cristo tivesse vindo para salvar apenas a metade masculina da humanidade. Aliás, no ambiente mundano, chegou-se a cogitar que a mulher não teria uma alma imortal, colocando-se em dúvida até mesmo se seria humana.
O livro constitui-se num verdadeiro clamor para que a mulher venha assumir o seu papel no contexto espiritual, como instrumento nas mãos do Senhor, para realizar a missão que atualmente lhe compete dentro da igreja, da família e da sociedade, a fim de impedir a desestruturação familiar e social que, hoje, se processa de modo acelerado - porque a maioria das mulheres não tem consciência da missão que lhe foi proposta por Cristo.
São focalizadas, também, de maneira didática as principais doutrinas a respeito da Ressurreição de Cristo, ou seja, as diversas maneiras de entender esse fato extraordinário por parte dos cristãos; e destacada a sua importância como fundamento da nossa fé, tal como enfatiza o apóstolo Paulo em 1 Coríntios capítulo 15.
Fones: (11) 3672-1468 

domingo, 15 de julho de 2012

Trecho extraído do capítulo 5 do livro Mensageiras da Ressurreição

                Gênesis 2 apoia a subordinação da mulher?


Observemos alguns pontos de vista daqueles que encontram – de maneira arrevesada – argumentos no livro de Gênesis para apoiar suas teses de caráter discriminatório contra as mulheres.
Primeiro, conforme a visão dos complementaristas (antifeministas) o homem tem direito de exercer liderança, seja na igreja seja na sociedade, por analogia com o que acontece na ordem da Criação. Eles priorizam a ordem temporal da criação: primeiro o homem, depois a mulher, conforme relatado no livro de Gênesis (2 e 3). Veem nesse fato motivo para determinar a submissão da mulher ao homem.
O argumento é detonado pela teóloga Mary Evans ao observar que os animais foram criados antes do homem e, também, da mulher (Gênesis 1). Por conseguinte, a prioridade temporal na criação não implica em superioridade, nem de ser, tampouco de função. "Nem dá a entender que os animais são superiores ao homem."
Segundo, observemos ter sido o homem e a mulher criados à imagem de Deus, (Gênesis 1.27). Os antifeministas não negam, nem poderiam negá-lo, uma vez que a Bíblia declara com todas as letras haver Deus criado o homem e a mulher à Sua imagem: Macho e fêmea os criou.
Na versão dos que podemos chamar de misóginos - ou simplesmente machistas - está presente, de maneira clara ou subentendido, o conceito de que a mulher reflete a imagem divina de maneira inferior ou diferente do homem. Nessa perspectiva, aproximam-se de Calvino que reconhece, sim, ter sido a mulher criada à imagem de Deus, "embora em segundo grau". Conceito rebatido, também, por Mary Evans, ao concluir que não há nada em Gênesis 2, que nos leve a presumir que a mulher tem a imagem de Deus de um modo diferente ou inferior do homem. Os dois capítulos indicam que o homem como um todo consiste de duas partes: o homem e a mulher.
Verdadeiramente, nessas considerações, ressalta-se que a subordinação da mulher não encontra apoio em nenhum dos textos da criação do Gênesis, quando submetidos ao crivo da exegese, fruto de profundo estudo que os delimita ao seu verdadeiro contexto.