terça-feira, 29 de maio de 2012

Trecho extraído do capítulo 4 do livro Mensageiras da Ressurreição


AMEAÇA DO FEMINISMO EXTREMISTA

O que se vê são mulheres movidas por um clamor

ancestral - (tomando as dores, passadas, de suas mães e

avós) que exige vingança contra o homem - saírem de

modo desenfreado em busca de uma liberdade que se

configura mais a uma represália. Nessa corrida, passam

a cometer os mesmos erros que os homens cometeram

no passado contra a família; equívocos que podem ser

sintetizados como irresponsabilidade, leviandade (ou libertinagem),

omissão, escárnio, desprezo e abandono.

Por essa via, qualquer movimento do feminismo

extremista, que se apóie apenas na iniciativa humana,

desvinculado da palavra de Deus caracteriza-se por ser

faccioso. Fatalmente, incita à violência, à separação e à

desunião entre os sexos – constituindo-se numa ameaça

à liberdade conquistada. Na “selva de pedra”, a serpente

aparece mimetizada em forma de uma insana liberdade

ilimitada que leva à cegueira moral. Desde o momento em

que as mulheres deixam de enxergar que a nossa liberdade

termina onde começa a do próximo, a queda é iminente.

Apesar de todo o apoio que associações das mais

diversas espécies conferem às mulheres, a fim de ajudálas

na defesa de seus direitos, e das prerrogativas que a lei

civil e os costumes lhes concedem, a maioria delas encontra-

se absurdamente desorientada e até mesmo indefesa.

Assemelham-se ao pássaro que, ao deixar a gaiola, aturdido,

cai na mão de predadores. Hesitantes entre o bem

e o mal, a maioria não consegue discernir exatamente os

limites morais. Isso fica patente ao observar o caos social

que se avizinha, indicando nitidamente que não existe

uma noção do que significa ser livre, e de que tomar as

rédeas da própria vida significa arcar com as consequências

dos próprios atos, caso contrário, mergulha-se num

universo caótico.

Não é possível atropelar os ditames da consciência

ética e moral, esquecendo os mandamentos cristãos

de amor a Deus, acima de tudo, e ao próximo como a si

mesmo. Amor que se expressa através da consideração

para com todas as pessoas e cuidados para com os da

própria família – até mesmo para com o marido...

Livre-nos Deus dos movimentos gerados por idéias

extremistas, sejam provenientes do Oriente, como as de característica

patriarcal que escravizam as mulheres, sejam as

do feminismo exacerbado e mal-interpretado causador da

desestruturação social. Aliás, já disseram alhures: A virtude

está no meio quando os extremos são perniciosos.

No caso do feminismo extremista, a mulher saiu

de sob o domínio de um sistema despótico em direção a

uma terra sem lei. Isso não estava no programa. As normas

de caráter humanitário, obviamente, não foram abolidas.

Invalidadas foram apenas as leis de cunho patriarcal

contrárias às mulheres. O respeito à vida não foi anulado,

a não ser pelos ímpios. Há casos de mães matando filhos

recém-nascidos como quem mata baratas. Simplesmente,

jogam os bebês no lixo, em vaso sanitário de avião e em

shoppings, demonstração de perversidade inominável e

desorientação não apenas nas classes menos favorecidas.

São verdadeiras manchas no cenário de respeito e proteção

à infância em que se insere o país e o mundo ocidental,

e motivo de tristeza para a comunidade cristã.

Observa-se, mesmo entre as mulheres que possuem

bom nível cultural e intelectual que, no plano espiritual,

elas não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua

mão esquerda, tal qual os ninivitas do tempo de Jonas.

(Jonas 4.11). Por conseguinte, são incapazes de entender

o que significa amar o semelhante como a si mesmas,

visto que só entendem a linguagem dos sentidos. Elas

movem-se no universo sexual e da competição, tanto

no trabalho como na vida pessoal, a qual se desenvolve

à semelhança de uma maratona. O que importa é ir em

frente, na busca desenfreada de prazeres e de um sucesso

duvidoso, atropelando todos os que estão no caminho –

quer sejam pais, filhos, marido, irmãs ou amigas.

Imagino Jesus, diante desse espetáculo, sentindo

grande compaixão da multidão desnorteada, como no

passado, porque andavam desgarrados e errantes, como

ovelhas que não têm pastor. (Mateus 9.36). A liberdade,

para grande número de mulheres adeptas do feminismo

exacerbado, mais se parece a um objeto perigoso em

mãos inábeis, como um carro nas mãos de um cego.

Refiro-me, especialmente, à liberdade usada para

prática do sexo promíscuo, tão comum nos dias de hoje,

com a conseqüente perda de valores familiares, sem os

quais a sociedade perece. São casamentos abertos, onde

cada um dos cônjuges pode ter aventuras extraconjugais

sem maiores responsabilidades. Adolescentes que “ficam”

com namorados sem compromisso algum, mantendo

relacionamentos sexuais inconsequentes. Com

isso, o número de mães solteiras cresce - muitas grávidas

nem sequer sabem quem é o pai do filho que esperam - e

o número de crianças abandonadas aumenta a cada dia;

assim como o de doenças sexualmente transmissíveis.

Há também casos de mães que não fazem jus ao

nome – símbolo de amor e ternura – e costumam submeter

os filhos a torturas psicológicas e físicas de maneira

sistemática a ponto de lhes desestruturar a personalidade

em formação. Realidade inacreditável, diante da qual

queremos acordar pensando tratar-se de um pesadelo.

Donas de casa, dominadas pelas hostes espirituais

da maldade (Efésios 6.12) como fantoches, teleguiadas

por essa casta de demônios, são levadas a proceder como

verdadeiras carcereiras dentro do lar. Quando se casam,

em vez de promessas de amor, prometem a si mesmas

agir de maneira cruel para com o cônjuge. Ameaçadoras,

exclamam: “Para mim tudo, para ele nada!” Conceito

muito em voga entre as jovens do mundo de hoje. Palavras

que são fruto de um feminismo rancoroso e quixotesco,

uma vez que gozam, atualmente, de plena liberdade de

ir e vir e de decidir sobre seus próprios atos e

destinos. Atitudes que refletem o mau uso da liberdade e

uma demonstração de irracionalidade.

O sociólogo alemão, Alexander Schüller, ao observar

os índices alarmantes de violência contabilizados na

sociedade, exclama: “Há, em toda parte, uma maldade

inexplicável.” A observação do sociólogo vem simplesmente

enfatizar o que salta aos olhos de todos, diariamente,

por meio dos noticiários da mídia e pela experiência

pessoal de cada um de nós. Contudo, essa maldade

a que se refere Schüller, presente em todos os setores

da sociedade – é bom que se destaque – tem mulheres

e, também, homens como seus agentes disseminadores.

Assim como existem feministas exacerbadas, há machistas

tão irracionais quanto elas.

Outra observação importante, uma verdadeira

questão de justiça nos lembra que, se há uma parcela da

população feminina fazendo mau uso da liberdade, devido

ao seu novo status social, existe a grande maioria

das mulheres que está obtendo grandes vitórias ao participar

ativamente da vida social e política das nações.

Essa legião de mulheres vitoriosas está conseguindo

desempenhar-se galhardamente de seus compromissos

profissionais, ao mesmo tempo em que se desvela na administração

do lar e na criação dos filhos.

Quanto à missão da mulher cristã, na sociedade,

reconhecemos que lhe compete desempenhar relevante

papel na cura da enfermidade social ao fazer uso da liberdade

adquirida em Cristo. Certamente, para essa finalidade

foi que Jesus a libertou da situação de subserviência

em que vivia no contexto social e, obviamente, não para colaborar

com o caos social.


domingo, 20 de maio de 2012

Trecho extraído do capítulo 9 do livro Mensageiras da Ressurreição

           AS MULHERES QUE PROFETIZAVAM

Para o apóstolo Paulo, o dom da profecia é o mais excelente dos dons espirituais, depois do amor. Ele dedica todo um capítulo (1 Coríntios 14) para falar da importância do dom profético. Coloca-o acima do dom de falar em línguas, e incentiva a que se procure com zelo os melhores dons (1 Coríntios 12. 31), salientando que o ato de profetizar leva à edificação das pessoas, da própria igreja, e serve para consolar e exortar.
Profetas e profetisas, ao lado dos apóstolos, seriam o próprio fundamento da Igreja.
Podemos observar, nas igrejas dirigidas por Paulo, que homens e mulheres profetizavam, desde que estas usassem véus (1 Coríntios 11, 5,13). Pelos relatos bíblicos, também, vemos que era amplamente difundido o dom da profecia entre as mulheres nos primórdios da igreja. Em função das características imanentes ao dom profético – edificar, exortar e consolar - pode-se concluir, sem erro, que as mulheres desempenhavam papel relevante, com significativo grau de autoridade na comunidade cristã. Exerciam autoridade como líderes - atuando como mensageiras da palavra de Deus, uma tarefa associada ao cargo profético. Notícia de profetisas a Bíblia nos fornece inúmeras, tanto no Antigo como no Novo Testamento.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Trec ho extraído do capítulo 1 do livro Mensageiras da Ressurreição

 Destaco, agora e sempre, a importância da autoria do projeto inicial da emancipação da mulher por Jesus Cristo; Ele é seu verdadeiro autor e consumador – porque não cai uma folha de árvore sem que seja da expressa vontade de Deus. Verdade que salta aos olhos ao remontarmos às origens - ao Novo Testamento - ao ponto inicial, a fim de reconhecer o marco zero de nossa caminhada libertária. Ao lembrar aquele momento em que Jesus escrevendo com o dedo na areia, levantou os olhos e disse para a mulher adúltera, trazida à sua presença, que não a condenava.
Aquele foi o primeiro de subseqüentes abalos a sacudir o código de leis judaico e a repercutir sobre os conceitos de (in)justiça do mundo greco-romano. Nestes, a mulher era ainda muito mais inferiorizada, apesar das raras exceções, em ambos os contextos, que serviam apenas para confirmar a regra geral de violência e opressão.
A marcha feminista que se desencadeou em dois níveis, quais sejam, na sociedade civil e na igreja, movimentou-se em ritmo desigual. Surpreendentemente, cristãos e cristãs avançaram mais lentamente. A defasagem entre os dois segmentos é visível no presente momento. Algumas denominações evangélicas, é verdade, apoiam integralmente até mesmo o ministério pastoral da mulher; outras, porém, reconhecem apenas parcialmente o seu direito de trabalhar na missão evangelística (desde que não exerça autoridade como líder); e ainda meditam sobre o que seria ou não permitido à mulher realizar. Enquanto que, em outras denominações, sua atuação limita-se à execução de trabalhos manuais dentro do ministério de assistência social, onde lhe é permitido, quando muito, colaborar na ajuda aos necessitados e cuidar dos trabalhos de limpeza da igreja. Trabalho honroso, sem dúvida, mas, de âmbito limitado.
No segmento católico, por sua vez, mulher receber o ministério ordenado é assunto totalmente fora de cogitação. As mulheres conquistaram o mundo, mas, continuam como mendigas esmolando à porta de muitas igrejas por um espaço no púlpito ou pela oportunidade de participar das decisões concernentes à vida da igreja.
Uma mulher pode ser presidente da República, mas, em algumas  denominações não pode ser pastora,
nem ocupar um lugar na hierarquia eclesial. Sei que igreja é igreja, mundo é mundo. Mas não deixa de ser instigante a constatação, e de oferecer oportunidade para maiores reflexões.